A ocorrência de roubo de dados (ou comprometidos) nos últimos cinco anos foi de 10 bilhões de casos em todo o mundo. Só no ano passado, mais de 2,6 bilhões de incidentes foram registrados, segundo informações coletadas pela Gemalto no relatório Breach Level Index de 2017. Esse número representa um aumento de 88% com relação a 2016.
Apesar desse aumento assustador, a quantidade de incidentes de violação diminuiu 11%, totalizando 1.765 casos. Desses, a fraude à identidade correspondeu ao principal tipo de violação de dados, contabilizando 69%, e a atuação dos hackers continuaram sendo a maior ameaça à segurança digital, com a marca de 72% de todos os ataques.
Por isso, foi constatado que mais da metade das empresas entrevistadas estão preocupadas em proteger, especialmente, as informações de pagamento armazenadas na nuvem.
De acordo com o diretor de segurança da informação da itbox.online, Vaine Barreira, os ataques ficaram mais sofisticados e as empresas, agora, estão mesmo olhando mais para segurança. “Segundo o Breach Level Index, o volume financeiro envolvido aumentou consideravelmente. Então, o tema de cibersegurança saiu da área de TI e está na pauta dos executivos de negócios”, afirma.
O objetivo do relatório é rastrear e analisar as violações de dados, a quais tipos elas pertencem e como os registros foram acessados, indicando uma visão global de quais os destaques principais de cada ano.
Roubo de dados em 2017:
- Erro humano: 1,9 bilhão de dados comprometidos = aumento de 580% (2016-2017)
Funcionários que têm acesso aos dados e descartam, acidentalmente, a base de dados de uma empresa.
- Fraude à identidade: 682 milhões de dados comprometidos = aumento de 73% (2016-2017)
Roubo de dados relevantes, que permitem que os hackers consigam benefícios próprios usando esses registros.
- Ameaças internas: 30 milhões de dados comprometidos = aumento de 117% (2016-2017)
Pessoas mal-intencionadas que têm acesso a informações importantes e confidenciais de uma empresa.
- Perturbação: 1,5 bilhão de dados comprometidos = aumento de 561% (2016-2017)
Ataques que causam apenas transtorno, como casos em que a violação de dados inclui informações básicas como nome, endereço e de telefone.
Barreira acredita que todos os motivos destacados na pesquisa são bastante relevantes, mas enfatiza que um deles precisa de atenção. “Eu diria que o aumento de ameaças internas é o mais preocupante, pois é justamente onde as empresas menos se preocupam. Se investe bastante em proteção visando atacantes externos, mas muitas vezes o maior perigo está dentro da empresa”, alerta.
Setores afetados com o roubo de dados
De acordo com o relatório, as indústrias que foram atingidas pelo maior número de incidentes de violação de dados em 2017 foram: saúde (27%), serviços financeiros (12%), educação (11%) e governo (11%).
E quando analisada a quantidade de dados comprometidos, os principais setores afetados foram governamentais (18%), seguido de setores financeiros (9,1%) e, depois, os de tecnologia (16%).
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