O banco de dados de uma empresa é, provavelmente, o bem mais valioso do negócio. Afinal de contas, é nele que estão armazenadas todas as informações. Por isso, é imprescindível garantir que ele estará sempre disponível. E a melhor forma de fazer isso é realizando manutenção do banco de dados.
Quando falamos de banco de dados, é importante lembrar que eles são ambientes que serão utilizados constantemente.
Seja para a realização de consultas, armazenamento de informações e também alterações frequentes das mesmas, um banco de dados pode estar em funcionamento 24 horas por dia, 7 dias da semana – o chamado ambiente 24/7.
Assim, como já dizia o provérbio “a melhor defesa é o ataque”, é preciso monitorar um ambiente antes que um problema ocorra e cause sua indisponibilidade. Daí a importância de realizar manutenção do banco de dados.
E isso só é possível por meio de rotinas de manutenção periódicas, além de ferramentas de monitoramento.
Por isso, separamos três rotinas de manutenção do banco de dados. Mas, antes disso, vamos falar da importância de realizar essa tarefa.
Checkups de rotina são tão importantes em um banco de dados quanto em uma pessoa
A comunidade médica recomenda que deveríamos realizar checkups periodicamente, a fim de evitar doenças e antecipar tratamentos. E essa periodicidade varia de acordo com a idade do paciente.
Em um banco de dados, o princípio é o mesmo. A diferença é que a rotina dos checkups deve ser definida previamente, e levar em consideração alguns fatores: criticidade do negócio, arquitetura do ambiente e volume de informações são os principais.
Somente assim é possível definir a estratégia que será aplicada na manutenção do banco de dados.
Mas não se assuste ao pensar que precisará deixar o banco de dados off-line para a manutenção. Algumas delas podem ser feitas com o sistema online, mas é preciso levar em conta que algumas necessitam de uma parada momentânea ou utilizar recursos do servidor – e deixar o serviço mais lento para os usuários por um tempo.
Por isso, a primeira boa prática – e uma das mais importantes -, é ter um plano de ação diante de um incidente ou na aplicação de manutenção. E também é ideal que todos os envolvidos tenham aprovado esse plano.
Voltando ao mundo médico, os checkups, apesar de recomendados, não são obrigatórios, nem para as pessoas ou banco de dados.
Entretanto, sua não realização expõe o sujeito à riscos imensuráveis. No caso de banco de dados, a indisponibilidade, perda das informações e degradação do ambiente, por exemplo.
Qualquer risco que possa afetar o funcionamento do ambiente deve ser analisado e tratado o mais breve possível.
Por isso, para a identificação precisa dos riscos, é necessário definir as rotinas de manutenção de acordo com o contexto do ambiente.
Separamos as três principais para você entender qual sua função na manutenção do banco de dados.
Três rotinas de manutenção do banco de dados que você deve seguir
Como realizar a manutenção do banco de dados de sua empresa?
1 – Rotina de segurança de dados
A segurança de dados se resume em garantir a recuperação de uma informação perdida por qualquer motivo. Para isso, o ideal é aplicar uma estratégia de backup consolidada e robusta.
A realização de um backup tende a afetar o desempenho do banco de dados. Mesmo que novas tecnologias reduzam esse impacto, o volume de dados e os recursos de hardware ainda são os fatores que definirão o tempo de execução de uma rotina de backup.
Portanto, é recomendado encontrar um horário ideal para que essa manutenção do banco de dados tenha pouco impacto sobre os usuários.
Outro fator importante é a realização de testes de restore dos backups. Em alguns ambientes, esse teste é feito em um servidor em standby.
Esse servidor é um ambiente espelho do que está em funcionamento, e pode ser utilizado caso o principal pare de funcionar. Em outros casos, pode existir um ambiente dedicado apenas para a realização de testes.
Assim, ter rotinas de backup e restore consistentes e periódicas garante o bom funcionamento do banco de dados.
2 – Rotinas de performance
A performance de um banco de dados é um fator crítico. Afinal, ele reflete diretamente na usabilidade da aplicação – seja feita por um cliente da empresa ou funcionário.
Portanto, estar atento às mudanças dos dados no decorrer da vida útil daquele ambiente é essencial. Isso pode resultar em benefícios na velocidade dos procedimentos existentes no banco de dados.
Acompanhar a efetividade dos índices existentes já é um excelente começo. A aplicação de alguns índices pode não fazer mais sentido atualmente, embora fosse útil antes – isso acontece quando um banco de dados cresce.
A fragmentação de dados também é outro fator importante. Com novas tecnologias de armazenamento, ela tem acontecido menos, mas ainda não deixou de ser um problema. Por isso, vale a pena explorar alternativas para evitar a fragmentação.
Como estamos falando de performance, precisamos lembrar que só é possível analisá-la por meio de indicadores.
Atualmente, os principais sistemas de banco de dados no mercado já disponibilizam otimizadores internos. Ou seja, ferramentas integradas que analisam várias estatísticas e direcionam os administradores no caminho para o melhor desempenho.
Essas estatísticas oferecem informações importantes em diversos níveis. De alterações na arquitetura do sistema a um único objeto afetando o desempenho.
3 – Rotinas de aplicação de patches
Um patch se baseia em realizar correções de falhas e bugs de um sistema. Por isso, eles são extremamente importantes para a manutenção do banco de dados.
Pense no seu computador: aquelas atualizações do Windows, quando você o desliga, é um patch sendo instalado.
Os fabricantes de sistemas de banco de dados trabalham constantemente para identificar e aplicar possíveis correções de arquitetura do sistema.
Quando o patch é publicado (chamado release), ele fica disponível para verificação das correções e impactos que sua aplicação causará no sistema.
Desta forma, o administrador do banco de dados é responsável por acompanhar esses lançamentos e validar sua aplicação.
Lembre-se: não aplique um patch sem antes validar as informações do release!
Outras dicas para manutenção do banco de dados
Além dessas três rotinas para manter o banco de dados sempre funcionando, existem outras boas práticas.
- Defina previamente a periodicidade das rotinas, sempre respeitando o ambiente e a necessidade do cliente. Às vezes, não é vantajoso manter uma frequência de manutenção muito alta, mas em outras, é necessário.
- Automatize a aplicação das rotinas agendadas. A maioria das rotinas não precisam de monitoramento ativo e uma análise antes da aplicação. Por isso, automatizar a execução reduz o trabalho e evita erros humanos que podem prejudicar o banco de dados.
- Sempre tenha conhecimento adequado do que você está manuseando. Um deslize ou a falta de uma rotina de manutenção do banco de dados pode custar caro.
- Realize o monitoramento proativo do ambiente. Não é preciso esperar o problema surgir para atuar.
- Monitorar o hardware e o software são igualmente importantes.
- O superdimensionamento de hardware não significa que não será necessário realizar manutenções.
A garantia de um ambiente de banco de dados depende diretamente de boas práticas de monitoramento do banco de dados. Priorize essa área e evite problemas com sua empresa.
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