Ciberataques custam, em média, US$ 1,35 milhão para empresas brasileiras é o que mostra estudos anuais promovidos pela IBM Security. A empresa examinou os impactos financeiros gerados por violação de dados em organizações, registra-se que nos últimos cinco anos houve o aumento de 12% no custo de uma invasão e isto se dá pelo abalo financeiro que as violações causam ao longo dos anos, além do aumento das criações de normas e do árduo trabalho executado na resolução das investidas criminosas.
O estudo é realizado com mais de 500 empresas, no mundo todo, que sofreram violação no ano anterior. Pela primeira vez, ele trouxe uma visualização de impactos a longo prazo, demonstrando que o valor de uma violação pode perdurar anos. Este dado se deu porque a pesquisa verifica fatores de custo com atividades técnicas, legais e regulamentárias para sanar os problemas, ademais da queda de prestígio no mercado em relação aos clientes e até produtividade dos funcionários. Em segmentos como saúde, energia, farmácia e serviços financeiros os impactos verificados no segundo e terceiro ano após invasão foram ainda maiores.
Outras percepções das análises foram que os ataques maliciosos são os mais recorrentes e custosos. Cerca de 50% do averiguado possuía este teor, e uma média de US$ 1 milhão a mais foi o gasto em relação aos ataques de causas acidentais. Estas devastações financeiras estão sempre atreladas à quantidade de registros violados, quanto maior o estrago causado pelos criminosos, maior é o estrago no bolso. Cada registro perdido ou roubado custaria uma média de US$ 150. O estudo ainda revelou que pelo 9º ano consecutivo empresas do ramo de saúde tiveram os maiores gastos, quase 60% a mais do que outros segmentos desembolsaram.
Uma forma de reverter este quadro e poupar custos é investindo em equipes locais de solução a incidentes e testar planos de resposta para ataques. Empresas com estas precauções, que detectaram e contiveram violações em menos de 200 dias (a pesquisa constata que o tempo médio de vida de uma violação é em torno de 279 dias), reduziram cerca de US$ 1,23 milhão no prejuízo.
Outros fatores que geram economia é o uso extensivo de criptografia que reduziu custos de empresas em US$ 360 mil, a implementação de automação de segurança que em um comparativo entre possuintes e não possuintes amenizou os custos pela metade e também o diálogo com terceiras (como parceiras ou fornecedores) para examinar e alinhar seus níveis de padrão de segurança, além da monitoração ferrenha aos acessos executados por elas.
Na era da informação e tecnologia, todas as precauções e investimentos em segurança para poupar danos financeiros se fazem elementares para o bom andamento de uma empresa. Prevenir sempre se sobressairá a remediar, e a pesquisa comprova que cuidados prévios podem aliviar o bolso de muitas instituições coorporativas, além de evitar que a imagem da empresa seja prejudicada.